quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quando você receber uma criança com necessidades especias, pense que pode ser "Um anjo pra Você"

ALBERT exemplo de determinação e superação

Alguns momentos na escola...
























Conheça um pouco mais sobre Paralisia Cerebral

Paralisia Cerebral (P.C) é uma forma de Encefalopatia Crônica não evolutiva, na qual são predominantes os distúrbios da motricidade.
Há três formas principais de Paralisia Cerebral:
Paralisia Cerebral Espástica: caracteriza-se pela rigidez dos músculos. A movimentação das extremidades é feita vagarosamente e com muito esforço. As lesões são no cortex motor, na área pre-motora e no trato piramidal.
Parlisia Cerebral Atetosa: caracteriza-se por movimetnos de torção do tronco e do pescoço. A mímica facial é comprometida; a linguagem é quase incompreensível. A manipulação de objetos torna-se difícil , sendo quase impossível a realização de atividades que impliquem motricidade fina; a marcha pode ser adquirida em uma minoria de casos. As lesões são no sistema extrapiramidal, particularmente nos gângios basais.
Paralisia Cerebral Atáxica: caracteriza-se por uma hipotonia, insuficiente tônus postural que provoca ausência de fixação para os movimentos. A pessoa que porta esse tipo de paralisia, apresenta pouco equilíbrio corporal e seus movimentos são sem rítmo, graduação e direção. A fala é pastosa, sem curvatura melódica; a marcha parece hesitante e às tontas. Na ataxia a área do cérebro afetada é, usualamente o cerebelo, ou o trato cerebelar.
Uma outra maneira de classificar a paralisia cerebral é de acordo com o número de extremidades afetadas:
Monoplagia: uma extremidade afetada;
Hemiplagia: duas extremidades afetadas;
Diplegia: extremidades inferiores afetadas;
Triplegia: quando há três extremidades afetadas e
Tetraplegia : as quatro extremidades encontram-se afetadas.

BRENDA (PC-BAIXA VISÃO, COMPROMETIMENTO MOTOR E NA LINGUAGEM ORAL).

Esta é a Brenda, tem cinco anos, um irmão gêmeo que estuda na mesma escola, e está frequentando a escola desde o início do ano.
No começo do ano, ela estava no período da tarde com a professora Sonia que desenvolvia um trabalho muito bom, porém à tarde o calor é mais intenso e o número de alunos maior. Portanto ela passou a frequentar o período da manhã, onde se adaptou muito bem e já se acostumou comigo e com os amigos da sala. Todas as pessoas da escola estão envolvidas com a Brenda e cada uma contribui de alguma forma. A Sônia que trabalha como pajem é a que tem um maior contato. Ela auxilia na alimentação e na higiêne pessoal, sempre com muito amor e dedicação.

Minha experiência e minha pequena contribuição para o bem estar de um ser humano.

No início do ano recebí uma aluna de quatro anos com Paralisia Cerebral e minha reação não foi diferente de qualquer outra pessoa que nunca se deparou com uma nova experiência de trabalho, tendo que enfrentar o novo e seus desafios, sair da "rotina" toda estruturada e planejada e começar pensar em ações voltadas, não só aos outros alunos da sala, mas também a aluna e sua própria condição.
Confesso que fiquei com vontade de chorar, pelo desespero de não estar preparada. Sentí uma tristeza muito grande ao pensar que eu não tinha nada a oferecer àquela criança que estaria todos os dias de frente comigo, e eu seria então, seus olhos e seu próprio corpo. Aos poucos fui percebendo que criança com necessidades especiais é tão criança e tão igual as outras e que eu estaria apenas mediando situações de aprendizagens entre elas. As próprias crianças da sala se encarregam de realizações mágicas e eu apenas participo.
A interação, a alegria, os ensinamentos ocorrem em todos os momentos dentro da escola, uma criança sempre aprende com a outra, afinal elas fazem parte de um mesmo mundo, cheio de aventuras, faz-de-conta, brincadeiras e conseguem encontrar sempre uma solução, não demonstrando nenhum tipo de preconceito.

Crianças com necessidades especiais.

O termo Inclusão de crianças portadores de necessidades especiais nunca esteve tão presente nas conversas dentro e fora das escolas de ensino regular em todo o país. E o motivo é muito simples, a clientela tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Para tanto é de fundamental importância a formação do professor.
Quando nos referimos ao professor e à Educação Especial no contexto escolar, lembramos de educação como um processo democrático, escola como um espaço de todos e para todos. Logo, o educador deve buscar alternativas para atender a diversidade existente no ambiente educacional. Para tanto precisa ter sensibilidade para compreender o aluno com necessidades especiais, respeitando suas diferenças, reconhecendo-o como pessoa com um determinado tipo de limitação; mas que também tem outras habilidades fortes. Para isso, é imprescindível que sejam abondonados os rótulos e as classificações baseadas nas suas limitações e deficiências. Considerando que não se pode aceitar a questão da Educação Inclusiva sem pensar na formação do professor, pois é um grande desafio aos educadores romper com o que está posto pela sociedade e começar a desenvolver um novo trabalho com um novo conhecimento, mediá-lo na construção e reconstrução, deixar de lado a mera transmissão para encarar o que dê sentido ao ensino, ensinar para hoje e para a vida e aprender com o aluno.
Fonte: http://www.educaline.com.br/