quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Minha experiência e minha pequena contribuição para o bem estar de um ser humano.

No início do ano recebí uma aluna de quatro anos com Paralisia Cerebral e minha reação não foi diferente de qualquer outra pessoa que nunca se deparou com uma nova experiência de trabalho, tendo que enfrentar o novo e seus desafios, sair da "rotina" toda estruturada e planejada e começar pensar em ações voltadas, não só aos outros alunos da sala, mas também a aluna e sua própria condição.
Confesso que fiquei com vontade de chorar, pelo desespero de não estar preparada. Sentí uma tristeza muito grande ao pensar que eu não tinha nada a oferecer àquela criança que estaria todos os dias de frente comigo, e eu seria então, seus olhos e seu próprio corpo. Aos poucos fui percebendo que criança com necessidades especiais é tão criança e tão igual as outras e que eu estaria apenas mediando situações de aprendizagens entre elas. As próprias crianças da sala se encarregam de realizações mágicas e eu apenas participo.
A interação, a alegria, os ensinamentos ocorrem em todos os momentos dentro da escola, uma criança sempre aprende com a outra, afinal elas fazem parte de um mesmo mundo, cheio de aventuras, faz-de-conta, brincadeiras e conseguem encontrar sempre uma solução, não demonstrando nenhum tipo de preconceito.

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